



No retorno a San Pedro, o tour ainda passa por um pueblo onde vivem 80 pessoas e faz uma parada. Acho que o pueblo vive unicamente da parada que as excursões fazem lá. Numa casinha de barro, uma moradora local faz empanadas fritas na hora (a agilidade dela é impressionante fazendo e fritando as empanadas) e do lado de fora, um figura com uma churrasqueira que parece aquelas de tambor vende espetos de llama. E, fechando o passeio, uma parada na reserva dos flamingos.



Retorno a Atacama, e confusão no hotel para trocar de quarto. Como tbem tinha comentado, o tal do Don Raul é uma espelunca, e eu acho que peguei o pior quarto daquela desgraça, porque ficava com a parede na rua e a rua em questão é apenas a rua mais "movimentada" de San Pedro. Ou seja, passei a noite ouvindo carro passando, portão abrindo, nego cozido voltando pra ppousada, e assim foi. E pra completar, na porta do meu quarto tinha uma luz acesa, que "vazava" pela fresta entre a porta e o batente (que não era bem uma fresta, mas uma cratera...). Enfim, o caos. Felizmente consegui negociar uma troca pra um quarto menos pior (mas não menos espelunca).
A decisão seguinte seria ir ao Vale de La Luna de moto ou de excursão. Considerando que ontem foi o dia de descanso e que a excursão era estupidamente barata (R$ 25,00, ida e volta com guia bilingue e o escambau), optei por ir de onibus. 15 minutos depois das 16h, estávamos chegando ao Vale de La Luna e ao Vale de La Muerte. Mais duas das coisas impressionantes da viagem. Ambos são formados por rochas nas quais o sal penetrou ao longo de milhões de anos, após os lagos salgados que se formaram na região secarem, o que resultou em formações que, no caso do vale de la luna, por dedução, obivamente se assemelha à superfície lunar. Já no caso do vale de la muerte, o nome original, segundo constam, era vale de marte. Disse o guia que o frei que descobriu e batizou o lugar, um frances, batizou-o de vale de marte, pela proximidade com o vale da lua e pela aparencia da superficie tambem lembrar marte. Em frances era não sei o que de mars, e na hora de escrever escreveram num sei o que de mors... como não falo lhufas de frances, comprei o que me venderam... Mas as formações são relamente interessantes, e no vale da morte, é possível ouvir as rochas "estalando" constantemente, fruto de um processo elaboradíssimo de num sei qual elemento atuando na rocha, por causa do sal, blábláblá. O fato é que o trem é bonito!










O problema foi o tanto de caminhada que se teve que fazer nesse tal de vale da lua e vale da morte. Andei que nem camelo. Aliás, literalmente que nem camelo já que era tudo subindo e descendo pela areia (afinal, é um deserto...). Mas valeu a pena. O dia foi ótimo. Fechei um um canelone num dos muitos restaurantes bacaninhas de San Pedro e cama. Aliás, algo que não falta em San Pedro é restaurante e bar com atmosfera legal.
Além de areia em todos os poros (San Pedro não tem calçamento nas ruas, é poeira que não acaba mais), volto com uma excelente impressão de San Pedro. Uma cidade com um baita futuro no que tange ao turismo, porque seguramente, muitas das coisas que vi aqui superam largamente algumas atrações que se espalham pelo mundo afora, mas que pouca gente ainda conhece, principalmente no nosso continente (o maior contingente de turistas em San Pedro é europeu, por incrível que pareça). Um lugar verdadeiramente imperdível, e proporcionalmente, bem perto de nós, brasileiros.
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